quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Prelúdio - Ato 002 - A queda de Lemúria


Atena vence Poseidon, mas o tempo provaria que as palavras do orgulhoso deus no local de sua derrota não seriam vazias.

DEZ ANOS DEPOIS

A ânfora de Poseidon estava em uma caverna encravada num rochedo ao lado do Santuário de Atena, chamada de Cabo Sunion. O local era protegido por soldados dia e noite. Era o local onde Atena costumava prender os desertores e traidores do Santuário.

Não muito longe dali havia uma mansão, propriedade da família Solo, a poderosa família regente do comércio marítimo da Terra. Helena Solo, a mais jovem de três irmãos comemorava os quinze anos de sua filha Julia, primeira herdeira do império Solo.

Muitos eram os convidados, dentre eles Sofia Luz e Leo Vaz, vizinhos do outro lado do vale que acabavam de chegar. Sofia e Leo eram moradores misteriosos de uma simples vila com grandes influência na vida e negócios locais.

A vontade, Sofia e Leo seguem pela estranha mansão, carregada com pesada energia um tanto familiar.

— Sejam bem vindos! Recepciona Helena aos vizinhos. — Venham conhecer a aniversariante. Ela está bem diferente da última vez que a viu, Sofia.

— Tenho certeza. Responde a visitante.

Uma bela jovem de longos cabelos cor de fogo, rosto ovalado, olhar enigmático e uma imponente determinação vem ao encontros dos convidados com um farto sorriso.

— Olá. Sejam bem-vindos! Cumprimenta Júlia. — Me lembro de vocês. Sofia e Leo, estou certa.

Sofia estava impressionada com a capacidade de memória da jovem. Ela a vira quando tinha pouco menos de dois anos.

— Boa memoria a sua. Comenta Leo. — Impressionante!.

Leo ganha um sorriso da jovem que se despede para receber novos convidados. Eram velhos conhecidos de sua família, e de Sofia e Leo também.

— Olá Ted e Lytah, que bom que vieram. Comemora a aniversariante. — Demoraram, pensei que não os teria para minha comemoração.

No meio do salão Sofia e Leo veem aqueles que derrotaram junto a Poseidon e confiram a suspeita que os trouxeram ali. A cosmoenergia daquele lugar era do Senhor dos Mares.

A distância Ted e Lytah cumprimentam Sofia e Leo, e seguem para outro lado da mansão. Algo ruim aconteceria naquela noite.

Mais a noite, enquanto se erguiam brindes de felicitações, uma energia estranha envolve a aniversariante, mas apenas poucas pessoas perceberiam.

Uma grande onda de cosmo sai varrendo os mares. Um maremoto de enormes proporções arruína muitas ilhas em todo o mar.

No oceano Pacífico as ondas parecem ainda maiores, mas em um ponto específico, os abalos sísmicos são mais intensos.  O estranho fenômeno localizado causa a implosão de uma grande ilha. 

Sofia iimpotente pela situação onde se encontrava sabia o objetivo de tal manifestação de poder. Com seu enorme cosmo tenta ajudar os Lemurianos avisando do perigo, junto a Leo que tenta contatar o Gran-Mestre por telepatia.

A instabilidade do clima, com ondas de grande porte quebrando nas rochas além de gerar uma momentânea distração aos convidados que seguiam a grande sacada de pedra, impedia Leo de usar sua telepatia, e ameaçava a segurança da ânfora de Poseidon no Cabo Sunion.

Não podendo expressar plenamente seu cosmo, e dividida entre salvar seu povo e proteger seu selo na ânfora que aprisionava o deus dos mares, Atena olha para Leo que segue para as rochas liberando Atena para salvar Lemúria.

O cosmo de Atena chega a Lemúria devastada, e junto ao poder telepático dos Mestres Lemúriamos sobreviventes transporta centenas de lemurianos para ilha vulcânica próxima.


Atena, Leo, Ankaa, Lubian, Talia e os demais lemurianos a serviço da deusa fora da ilha sentiam milhares de cosmos se findando de uma única vez, e com eles parte de suas vidas se esvaindo. O veretido já era sabido: Poseidon cumpria sua promessa e Lemúria caia pelo esmagador poder do Senhor dos Mares.

Júlia voltava a sua expressão normal, com a redução da explosão do cosmo de Poseidon. Os mares retornavam a sua calmaria. Atena também recuperava sua expressão, e saia sem se despedir. No caminho era informada por Leo de Áries que a ânfora fora protegida, e nenhum soldado havia se ferido gravemente.

Teletransportada por Lubian de Pavão a deusa encontra o Santuário triste e apreensivo com o destino cruel que tiveram tantos irmãos lemurianos.

Pesarosa pelas condições encontradas pelos lemurianos salvos Atena ordena a saída de navios para o resgate de todos para o Santuário. Sallas de Capricórnio e Teneo de Touro cuidariam da segurança do Santuário, e Régia de Peixes juntamente a Ariadne de Aquário, Lyra de Ophiucus, e Lubian de Pavão iriam imediatamente a ilha Kanon para orientar a todos. Diante da situação, por ordem do Grande Mestre todos os cavaleiros e amazonas foram convocados. O grupo liderado por Anryu de Cancer preparava o Santuário e a vila anexa aos templos dourados para receber os sobreviventes.

Atena sabia que os lemurianos sagrados cavaleiros e amazonas tiveram maior chance por sua ligação aos Aurums e Auras, mas sentia-se pesarosa pelos demais.

Na ilha Kanon estava escuro, e a pouca água deixava adultos em condições de saúde precárias, visto a prioridade da água a crianças e pessoas mais velhas. Com a chegada de Atena um grande veio d’água brota formando um grande lago inicialmente muito quente, mas com temperatura ajustada pelo intenso pó de diamante que caia, oriundo o poder congelante da amazona de aquário. A ajuda aos lemurianos chegara pelas mãos de sua senhora.

Ordenadas por Atena Régia e Ariadne seguem para o local onde existiu Lemúria a procura de sobreviventes, enquanto Lubian e Lyra ajudam seu povo.

Passados dois dias chegam os navios do Santuário para a condução dos sobreviventes. O grupo de organiza, mas um pequeno grupo famílias resolve ficar na ilha vulcânica. O povo de Tessalian sempre viveu ao pé do monte Jutsu em Lemúria, e parte das famílias resolve construir sua vida naquelas terras. Com o grande lago formado por Atena a agricultura torna-se possível, e a experiência em recomeçar dos Tessalianos os habilita a desbravar as terras quentes da ilha. Com a opção das famílias os navios seguem em viagem única.

Desejosa de contribuir com seu povo Lubian dirige seu olhar a Atena, que imediatamente compreende sua vontade.

— Fique se desejar Lubian. Permite Atena. — Seu povo precisa de você nesse momento. Retorne quando tudo estiver organizado. O Santuário precisa de você.

— Obrigada, Atena. Feliz responde Lubian, que corre em direção aos seus.

Os navios seguem com três cavaleiros e duas amazonas resgatados com vida da explosão de Lemúria.

No Santuário as condições mínimas de morada estavam arranjadas. Os templos dos cavaleiros/amazonas de ouro, juntamente a casas e abrigos improvisados na vila as cercanias do Santuário estavam de prontidão. Ninguém sabia ao certo o número de pessoas, mas todas teriam abrigo e atendimento. Apenas a área ocupada pela Ordem de Serpentário foi preservada 

O Santuário estava de luto, e não podia parar. Muitos precisariam de ajuda, e ainda havia muito a se fazer. A grande perda dos alquimistas de Lemúria seria marcante para as gerações futuras.


POSEIDON CUMPRE SUA PALAVRA E ARRUINA LEMÚRIA, MAS O AGUERRIDO POVO DE ATENA RESISTE E RENASCE DAS PRÓPRIAS CINZAS COMO A PHOENIX, AINDA QUE EM PLENO CALOR VULCÂNICO.

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