terça-feira, 15 de novembro de 2016

Prelúdio - Ato 005 - A luta que marca o inicio


Sofia já era a deusa Atena, e recém-chegada ao seu Santuário em construção já podia presenciar seus valorosos guerreiros em ação. 

Lubian assume a luta contra a esperada General Marina Miriah de Scyla, que estava prestes a se apresentar.

Uma luz explode e surge uma jovem portando uma veste de tom alaranjado, brilhante como tipicamente se contavam ser as vestes sagradas do exército de Poseidon.

— Deixe comigo Sr. Oscar. Manifesta-se Lubian. — È minha vez de retribuir o que fizeram por mim anos atrás.

Saulo dá um passo atrás e com um gestual cede a luta a lemuriana. Roshi estava curioso sobre o que falara Lubian, mas Talia sabia muito bem.

A general marina se admira da relação entre Lubian e Oscar.

— Vejo que também tem relações com esse homem. Comenta Miriah. — E me parece serem bem positivas. Se quer ser a primeira não me importo. 

Miriah se dirige a Oscar.

— Pagará por tua arrogância “Sr. Oscar”. A marina ri. — Verás tua protegida morrer diante de seus olhos.

Oscar estava tranquilo. Conhecia o potencial de Lubian. Ele olha para Roshi e mostra Ian concentrado nos preparativos do que prometia ser uma grande luta.

— Observe garoto! Chama atenção de Ian, Roshi. — Seu treinamento comigo começa aqui. Não perca nada. A aula de hoje é por conta de Lubian.

A marina se coloca de braços abertos e zomba.

— Vocês tem muita crença nessa moça. Vejamos se é tudo que dizem.

A marina de braços abertos lança pequenas cargas de luz contra Lubian. As rajadas cortam se corpo absorvendo sua energia como se fosses morcegos vampiros.

— Conheça a primeira de minhas seis técnicas: O ataque vampiro. Sinta. Ri Miriah.
Lubian sente o golpe e Talia se movimenta querendo ajudar. Lubian se levanta e com um movimento de braço afasta a hipótese de Talia.

— A luta é um contra um. Assim é justo. Afirma. — E eu estou aqui.

—Tolos! Zomba Miriah. — Em dupla teriam a esperança de ganhar. 

A marina ergue a mão, e uma rajada de energia precisa segue em direção a Lubian. Ela desvia e é atingida no ombro esquerdo. A força pontual parecia uma águia com suas garras mirando no coração de sua presa.

— Esquivou! Admira-se Miriah. —Ninguém sai ileso de minha “Águia Poderosa”. Com seu ombro esquerdo inutilizado, tua guarda está baixa. Na próxima técnica você já era.

Miriah movimenta o braços de cima para baixo, e um forte vendaval atinge Lubian em cheio, como se um lobo em alta velocidade partisse para o ataque com suas garras afiadas. Lubian bloqueia o ataque com a mão direita.

A marina começa a ficar irritada com a resistência de Lubia.

— Como pode bloquear meu “Lobo Furioso”!? Retruca Miriah.

Lubian ri.

— Você não me cohece! Afirma. — Não serão lobos, morcegos ou águias que irão me derrubar. Ah, e o meu ombro apenas deslocou, e isso não é nada demais.

Lubian segura o ombro com a mão direita e o reposiciona com muita dor. Ela teria agora os dois braços disponíveis.

Miriah estava cada vez mais irritada e lança um redemoinho contra sua oponente. A guerreira de Atena salta, mas é alcançada pela perna. O turbilhão aperta sua perna como uma grande serpente aperta sua presa. Lubian acende seu cosmo e quase uma centena de focos de luz queimam e dissipam o vendaval.

Ela cai e sente a perna. A marina não crê no que vê. Miriah tenta manter seu rosto tranquilo para buscar vantagem na batalha, mas atônita pensa.

— Minha Serpente Mortal ...!? Miriah se assusta com a desenvoltura de Lubian na batalha.

Miriah movimenta os braços reunindo e enviando um turbilhão de pontos de luz, como um enxame de abelhas que defendem a colmeia. A energia é acompanhada uma a uma por Lubian, que bloqueia com a mão direita e as reúne em um só lugar.

A guerreira de Atena bloqueia muitos dos pontos de luz, mas um deles atinge em cheio seu ombro direito. O último dos ataques lançados por Miariah.

— Boa performance Lubian. Elogia a marina. — Mas com seu ombro direito nesse estado não poderá bloquear mais nada. Ninguém sai ileso da ferroada de minha Abelha Rainha. O próximo ataque decretará seu fim.

Miriah junta os braços, concentra seu cosmo, e gera em todos a expectativa de seu próximo golpe.

— Que venha o Urso Infernal! Afirma Roshi. — A bela apresentará a última de suas seis bestas.

Miriah ria ao ouvir o comentário de Roshi.

— Vejo que conhece a lenda da Scyla. Diz a marina. — Seria um adversário formidável. Mas terá sua chance. O Urso infernal acabará contigo, Lubian!

— Não será assim tão fácil, minha cara. Confiante afirma Roshi. — Você não conheceu seu adversário ainda.

— Bobagem! Retruca Miriah. — Acabarei com tudo isso agora.

A marina recolhe um dos braços, e lança o cosmo armazenado como um meteoro.

Uma grande e furiosa rajada de energia é disparada contra Lubian, que debilitada por seu ombro direito machucado, sente a determinação de um grande urso na investida.

Lubian não poderia bloquear com segurança, nem tampouco se esquivar tamanha a abrangência e precisão da rajada de energia a ela dirigida.

Ela inflama seu cosmo e se prepara para o impacto. Acompanhando a velocidade do golpe, ela salta segundos antes de receber o impacto. Usando seu cosmo como camada protetora o impacto do urso infernal da marina a projeta para cima.
De volta ao chão, e bastante debilitada, Lubian sorri.

— Se estou bem de contas essa foi sua sexta, e última. Afirma para o sorriso de Miriah.

— No seu estado posso mandar só mais uma novamente que acabo com você. Miriah estava confiante. — Mas não posso te menosprezar. Mandarei minhas seis feras de uma só vez. Você merece o que tenho de melhor: as seis bestas de Scyla num golpe conjunto.

— Faça! Afirma Lubian. — Estarei preparada.

— As guerreiras inflamam seus cosmos e se concentram, quando Miriah se sente vigiada por alguém oculto.

— Algum problema? Ri Lubian da insegurança estampada no olhar de Miriah. — Alguma coisa te incomodando?

A guerreira de Atena aumenta ainda mais seu cosmo. 

— Esses são os olhos dos cem juízes, marina. Afirma. — Nada foge de sua visão. São os olhos do “Pavão Real”, que nesse momento tem você e seus atos em foco. Sugiro que não ataque.

Miriah fica furiosa com a recomendação de Lubian.

— Como ousa!? Esbraveja a marina. — Sentirá o poder de Scyla.

Um grande fluxo de energia segue contra Lubian. Inúmeros disparos de luz seguem da direita e da esquerda. Lubian se esquiva facilmente de todos, confrontando com apenas a abelha rainha.

A guerreira rebate todos os ataques os morcegos vampiros. Conhecendo exatamente o ponto de visão da águia poderosa ela desvia o ataque. Como quem sente o vento pelos cabelos, Lubian como num galope salta sobre o lobo furioso, como que pisando sobre sua cabeça. Os ataques variavam em todas as direções.

O salto de Lubian é acompanhado pelo turbilhão da serpente mortal. Ela gira no ar e golpeia sua presença. Ela sente a chegada da horda de abelhas, e bloqueando a maioria delas posiciona seu ombro esquerdo para o impacto como se pretendesse ser atacada.

O penúltimo ataque atinge seu ombro, sendo bloqueado e a projetando para trás.

Ela se levanta inteira do ataque das bestas da Scyla, e sua debilidade do ombro direito parecia ter desaparecido. Ela estava preparada para o urso infernal.

A marina estava surpresa com a pronta recuperação da guerreira de Atena.

— Mas como!? Pensa Miriah. — Ela se recuperou completamente! Será a proteção das constelações que ouço desde pequena? Não importa, o segundo urso infernal será fatal.

A marina lança de sua última carta, a rajada de energia do urso infernal. O ataque é contraposto por Lubian, como se ele tivesse um corpo ainda maior que o grande urso. A técnica foi totalmente bloqueada.

Desvencilhando-se de todas as seis bestas da Scyla Lubian prepara-se para o contragolpe.

— Acabei com suas seis bestas, Miriah de Scyla, e ainda recuperei minha condição original. Afirma Lubian. — Graças as suas abelhas pude ativar o circuito da vida por meus xx pontos vitais. As estrelas de minha constelação guardiã, o Pavão. Agora é hora de mostrar o que posso fazer.

Lubian inflama seu cosmo como ainda não visto em batalha. Ian se surpreende com tal demonstração de poder.

Miriah volta a ter a sensação de outrora, como se vigiada por todos os lados, mas desta vez em muito maior intensidade.

— Você conhece esses olhos, Miriah! Afirma Lubian. São os juízes que tudo observam, e definem a pena.

Miriah estava apavorada, pois os olhos do pavão olhavam o interior de sua alma e a consumiam. A marina não acreditava que a amazona antes debilitada por suas bestas pudesse ser capaz de desenvolver tal técnica devastadora.

— Conheça o “Olhar do Julgamento”!

Miriah de Scyla tem toda a sua vida passada diante seus olhos em fração de segundos. Tudo é revisitado: seu nascimento, sua infância feliz, o momento da perda de tudo, o abandono de seu pai, a sanidade de sua mãe, d encontro com Roshi e Oscar, o seu desejo de ter Oscar como mestre, ds súplicas á Atena, a resistência a tudo, as vitórias e derrotas, e o chamado de Poseidon.

Seu olhar fica vago como uma exúvia abandonada. Roshi fica empolgado com o que vai.

— Estava na hora! Até que emfim a técnica secreta do Pavão Real! Esbraveja Roshi.

O tempo de cerca um minuto e meio foi como horas para Miriah, que cai no chão depois de tantas lembranças.

— Não! Grita Miriah. — Sai da minha mente! Você não pode me julgar. Não tem o direito. Apenas meu Senhor Poseidon poderia.

Miriah levanta-se com dificuldades para o olhar atento e compenetrado de Lubian.

— Você viu tudo que precisava? Questiona Lubian. — O que você decide? Ainda pode mudar o julgamento do Pavão Real.

A marina estava exausta, mas furiosa.

— Nem você nem seu pavão real podem me julgar! Grita a marina com parte de suas últimas forças. — Seu truque barato não tornará Atena superior ao meu Senhor Poseidon.

Lubian faz sinal de negativo com a cabeça, reprovando a escolha da general marina.

— Hora do golpe final! Revela Lubian. 

O ar começa a se movimentar violentamente formando em poucos segundos dezenas de pequenos turbilhoes em volta de Miriah. Acuada ela ataca sem sucesso.

Os turbilhões de vento alteram as condições atmosféricas próximas ao Miriah, e nuvens instáveis formam na região. O ar fica cada vez mais seco, e a falta de umidade faz ruir pelo espaço uma rajada elétrica de alta potência. Ela brota da terra em direção as nuvens pelo centro. A marina recebe toda a rajada elétrica.

— Sinta a “Pluma ascendente real”. Revela Lubian o nome de sua técnica.

A marina cai exausta com sua escama em pedaços e inconsciente, quando algo inesperado acontece: o mar se agita fortemente, e uma grande onda avança pela encosta cobrindo tudo.

Todos se protegem das forças das águas, mas com o recuo das águas também a general marina é levada. O cosmo sentido naquelas águas revoltas era a certeza de que Miriah não estava sozinha.

Os cosmos de Scyla e daquelas águas se dissipam e Lubian pode enfim relaxar. Também exausta ela titubeia e se desequilibra, iniciando a queda quando é amparada por Ankaa que surge no momento exato.

— Eu sabia que você viria Ankaa. Um olhar carinhoso dirige a lemuriana a Ankaa. — Você é meio apoio.

— Não falharia!. Afirma Ankaa. — A ti todo o meu zelo. Sempre.

Roshi ri, e interrompendo o momento casal pergunta sobre Atena.

— Como está nossa deusa, Ankaa. Seu cosmo está fraco. Pondera o velho guerreiro de Atena.

Ankaa com Lubian apoiada em seu ombro tranquiliza Roshi.

— Ela está bem. Afirma. — Está nas melhores mãos. O Grande Mestre Saulo chama a todos para entrar. Aqui é perigoso. A luta foi finalizada, mas Lubian necessita de cuidados. Vamos!

Todos se encaminham para o templo menos Talia.

— Ficarei de guarda por um tempo. Afirma. — Parece que a guerra já começou. Fique comigo Ian.

Com medo, mas empolgado Ian recebe sinal positivo de Roshi e Oscar.

— Será bom pra você montar guarda um pouquinho, garoto. Brinca Roshi. — Você da conta do recado. Seu antigo mestre é sem dúvida o maior guerreiro de sua época. Seja o mesmo na sua.

Oscar ri do elogio.

— Não demorem. Ordena Oscar. — Façam a ronda e voltem. Atena certamente irá querer ver a todos, sem exceção. Sinto que por hoje o mar já revelou todas as suas surpresas.

— Certo Sr. Oscar. Responde Talia. — Vamos Ian.

O dia se encerra e a menina Sofia recebe de todos o calor do amor, amizade e lealdade. Elementos essenciais para os dias difíceis que se seguiriam.

Em seu canto Ian ia absorvendo aos poucos tudo o que ocorrera, na certeza de que seria útil a jovem Atena quando seus primeiros guerreiros fossem descansar. 

SALÃO DE ATENA

No Salão de Atena, Saulo, Sofia e Rose estavam curtindo o reencontro, ao mesmo tempo que acompanhavam o fluxo de energia da dura luta em curso no porto oculto do Santuário. Sofia dormia, após a exaustiva viagem.

Com as Sofia e Rose em segurança deixa o recinto Saulo. Rose se põe a seguí-lo, e após as pesadas portas do salão se fecharem Saulo se agacha e encosta o rosto em seu ventre novamente. O suave toque faz o coração de Rose disparar. Era o carinho do homem proibido que ela aprendeu a amar.

Saulo se levanta e a Rose oferece a mão. Um cosmo de amor inunda o espaço, e a aura cálida de Atena os envolve e aprova esta união.

Os guerreiros do longo confronto no porto oculto estavam para chegar. Melias já aguardava no Salao do Grande Mestre. As primeiras estratégias para a guerra santa estavam para ser desenhadas.

A GUERRA SANTA SE INICIA SIMPLES E QUASE MORTAL. SERIA A NOVA GERAÇÃO CAPAZ DE CONDUZIR O PESO QUE OUTRORA CARREGARAM OS ANTIGOS GIGANTES GERREIROS DE ATENA?

Nenhum comentário :

Postar um comentário