domingo, 8 de janeiro de 2017

Prelúdio - Ato 010 – Presente e Futuro


Atena já chegara ao seu templo em Atenas, seu Santuário e local onde traçaria sua estratégia para a guerra santa contra Poseidon já iniciara.

Anryu fora salvo por Atena direto da fila da colina do Yomotsu, e prometera se vingar daquele que dizimara sua região.

Com a autorização de Atena Anryu retorna a suas origens, pois estava angustiado e com pressentimentos estranhos.

A guarda do santuário estava forte com Celes, Teneo, Régia e Aaron, e o Grande Mestre ordenou que Leo acompanhasse Anryu. Ele soubera de novas movimentações de marinas naquela região, e dois guerreiros de alto nível trariam segurança a si próprios e ao local.

Do porto partiria um barco simples em direção a região mais ao sul do equador, acima do extremo sul das terras geladas dos polos. A viagem seria longo e Anryu estava ansioso.

Próximo ao local antes mesmo de pensar em aportar, em pequeno porto de vilarejo á costa chamado pelo povo local de Iguacú, um forte cosmo é sentido ainda nas águas do mar. Era um rastro deixado como marca de território.

Anryu reconhece a energia como aquela que sentira quando ao defender seu vilarejo fora morto. O protegido pela constelação de câncer perde o controle querendo vingança. Leo assume o leme do barco e tenta conter por telecinese Anryu, que ao aportar segue furioso o rastro de cosmo deixado.

Era grande a destruição no caminho, com muitas pessoas mortas aparentemente por um único golpe. Eram quilômetros de pura destruição, o que deixava Leo e Anryu apavorados pela crueldade daquele que por ali passou. Nem mesmo as plantas foram poupadas.

Depois de muito avançar no continente o rastro de cosmo desaparece. Uma névoa surge e Leo e Anryu são separados.

Leo surge num lugar estranho próximo a um grande lago. Uma grande luz surge e a bela Sofia de vestido branco caminha em sua direção. Leo se assusta por sua presença, e a reverencia.

— Leo, meu querido. Diz Sofia. — Não precisas se sacrificar pela terra. Viveremos nosso amor. Basta você deixar esta vida de guerreiro de Atena.

Leo estava muito confuso e não acreditava que Sofia estava ali. Leo baixa a guarda e Sofia o abraça. Sofia sorri sarcasticamente, e Leo cai desacordado.

Anryu, separado de Leo, caminha errante quando vê um rosto conhecido. Era Denis, se grande amigo que desaparecera no ataque anterior ao local.

— Denis, você está vivo? Anryu estava empolgado. — Onde você esteve esse tempo todo? Que bom que se salvou.

Anryu aperta o passo para encontrar com seu amigo, mas estranha a caminhar perfeito de Denis. Desconfiado ele salta para trás.

— O que está acontecendo? Anryu estava em alerta. — Sua perna quebrada!? Como ela se recuperou? Por que você não manca? Ela estava perdida!

— Eu me recuperei nesses anos, meu amigo. Responde Denis com um sorriso no rosto. — Venha, estou lutando contra esses malditos monstros que vem das águas. Lute ao meu lado. Vamos acabar com todos eles. Vamos dizimá-los!

Anryu se lembra de seu amigo pacífico, que nunca quis matar ninguém.

— Você não é o meu amigo! Retruca Anryu.

O guerreiro de Atena eleva seu cosmo ao máximo, e a imagem de Denis de converte em uma guerreira de vestes alaranjadas.

O cosmo percebido por todo o caminho fica mais intenso e explode em volta da marina de Poseidon.

— Boa percepção,  Anryu. Inicia o marina. —Teu amigo Leo não a teve, e foi um triste fim. Foi fácil de enganá-lo por uma tal de Sofia. Mas não importa, pois você também cairá.

Anryu eleva seu cosmo, e concentrando-se no caminho da morte que fizera anos atrás cria uma forte energia que abre uma fenda no espaço temporal que suga os dois para a colina do Yomostu Hirasaka.

Lytah se assusta com o transporte a lugar tão diferente e sombrio. Ela ouvira falar deste local do reino de Hades, mas sabia que ali só entram almas dos mortos e derrotados em batalhas, e a batalha apenas começara.

A segurança de Anryu deixou Lytah ainda mais incomodada.

— Por que me trouxe aqui? Indaga Lytah. — O que pretende?

— Aqui será seu túmulo, marina! Reage Anryu com vigor. — O mesmo lugar para onde mandou tantas pessoas de bem desse lugar.

— Como chegamos até aqui? Lytah tentava ocultar sua apreensão. — Esse lugar é domínio de Hades, e não de Atena.

Anryu ri.

— Minha experiência de quase morte me permite transitar por entre os dois mundos. Responde o gerreiro de Atena. — Sem falar que aqui fico mais forte. Você saberá o quanto.

Anryu parte em direção a marina e com um golpe no peito da escama a arremessa longe.

Lytah sente o impacto e se levanta, tentando persuadir seu oponente e ter vantagens em sua defesa.

— Agredindo uma mulher! Ironiza Lytah. — Onde estão suas boas maneiras?

— Não tenho diante mim uma mulher. Firme responde Anryu. — Tenho uma assassina, uma inimiga! Completa partindo para nova investida contra Lytah. 

Ele desfere uma série de socos em uma velocidade incrível, tamanha a leveza do corpo de Anryu naquele lugar. Lytah se defende, e conta com a escama para sua proteção que parecia mais pesada do que nunca.

A desvantagem da general marina é notável, e ela busca meios de sair dali, levando a luta de volta a terra. Ela se lembra do sangue de Leo que ainda estava fresco em sua mão direita. Enquanto se defende ela concentra seu cosmo na busca do caminho para a fonte original do cosmo de Leo presente em se sangue.

Quando de uma maior pausa do ataque de Anryu ela estabelece um caminho, e com a ajuda do poderoso cosmo de Poseidon o caminho de retorno se abre e por ele Lytah passa.

Exausta ela chega a terra, seguida por Anryu também exausto. A escama da general marina a salvara da morte certa, e um novo capítulo nessa batalha estava para ser escrito.

— Anryu ... Inicia Lytah. — Nessa luta não haverá vencedor. Estamos cansados, e minha escama não permite sua vitória. Façamos uma trégua hoje, e voltemos a lutar no meu território com o máximo de nossas condições. Será uma luta até a morte.

— Justo! Responde Anryu. — Considero justo. A próxima luta será a derradeira, e a vencerei em seu território. 

Lytah dá um sorriso amarelo.

— Veremos! Retruca a marina. — Seremos honrados guerreiros sem face lutando por nossos senhores.

Anryu sinaliza positivamente e oferece o caminho de volta a Litah. Ela retorna, e quando ela já sumira o guerreiro de Atena cai. Oculto entre as árvores estava Denis, feliz em ver  seu grande amigo sempre firme em seus propósitos e atento a tudo.

Denis tinha sua perna quase paralisada, visto o tempo que ficara sem ajuda, sobrevivendo apenas de caça e plantas. Ele utilizava as propriedades de cura das plantas, conhecimentos que herdara de seu pai, curandeiro do povo que ali morava. 

Com o desfecho da luta, e condição crítica de Anryu, ele sai em defesa de seu velho amigo desacordado para lhe salvar como fizera anteriormente com Leo.

Momentos antes, Leo, a beira da morte, teve seu grave ferimento tratado por Denis. Ele estancou o sangue que jorrava de sua costas, ponto de ataque do então marina misterioso.  O guerreiro de Atena fora deixado em segurança, e em breve estaria em condições de partir. 

Denis acompanhara Leo e Anryu desde o momento que aportaram. Ele viu as duas lutas, mas manteve-se oculto, apoiando ambos nos momentos mais adequados.

POR VOLTA DE UM ANO ATRÁS

Anryu e Denis eram amigos, filhos dos líderes do povo da tribo Iguacú.  Anryu era filho do cacique Boroni, e Denis do curandeiro Fausto.

Denis era contra as lutas, e dedicava-se no aprendizado das curas. Anryu queria ser um grande guerreiro, e se espelhava na sabedoria de seu pai.

Com a invasão dos marinas Caua, líder dos guerreiros, comandou a resistência, e incumbiu Anryu de ficar vivo para continuar a missão do cuidado do povo. 

Os marinas, com suas armaduras alaranjadas dizimaram os guerreiros de Iguacú, e Anryu precisou lutar. Ele possuía uma força interior que ele mesmo desconhecia. Ele derrotava os soldados marinas com facilidade, até a chegada de um soldado mais forte. Anryu foi pego de surpresa e acabou morrendo.

A alma de Anryu vagava pela colina do Yomotsu Hirasaka, como se instintivamente tivesse ido para lá para se proteger. Atena resgata sua alma, e Denis acompanha sua ressurreição com o instinto que deveria permanecer distante.

Denis sentiu a quente cosmoenergia de Atena se comunicando e conectando com sua alma.

VOLTANDO ...

Anryu e Leo partiram de volta para Atenas, e Denis sem que os dois percebessem se esconde no barco. Chegara ao fim o que ali prendia Denis. Rever ter amigo renovou suas expectativas.

Chegando em Atenas, no porto oculto pelo cosmo de Atena, Denis aguardou os guerreiros da deusa seguirem para sair do barco e se esconder nas ruinas do Santuário.

A cosmoenergia quente sentida há um ano atrás retornara, e Denis mesmo preocupado por ter sido descoberto não sente medo.  A energia o acolhe, e ele aguarda a aura de luz se materializar numa jovem.

— Denis. Saúda Atena. —Sou Atena. Venho agradecer pelo cuidado aos meus dois guerreiros.

— Mas ... Denis estava confuso. — Como soube?

Atena gentilmente sorri e caminha em direção a ele.

— Meu cosmo sempre acompanha meus guerreiros. Prossegue a deusa. — Nunca os deixo sozinhos. Senti sua presença por todo o tempo. Não se preocupe. Pode permanecer aqui. Não passará sede, fome ou frio. Estarei contigo. Teu dom será necessário no futuro. Estáem casa.

Denis sorri.

— Obrigado Atena. Acolhido responde. — É muito bom saber que estou em casa. No que precisar de mim, eu estarei a disposição.

A aura de luz de Atena se dissipa, e um som ecoa no coração de Denis.

TEMPO ATUAL

Atena visita Denis em sua cabana nas áreas mais isoladas e não exploradas do Santuário.

Sua aura de luz inunda o local. Denis reconhecendo aquela energia faz reverência.

— Atena. Saúda Denis. — Retorna a meu canto. Seja bem vinda. 

A luz brilha ainda mais, como se sorrisse para Denis.

— Obrigado. Diz Atena.

— Denis! Saúda Atena. — Retorno a você com uma oferta.

Atena Sorri.

— Qual a oferta que me traz? Indaga Denis.

— Guardou meus guerreiros quando foram atacados pelos marinas de Poseidon, o deus dos mares. Prossegue Atena. — O convido para fazer parte da Ordem de Serpentário, a  Ordem dos Guardiões. Serás o protetor de seu amigo Anryu. Serás ao aurum de Cancer.

Denis sorri.

— Ajudar meu amigo! Responde. — Sim. Não gosto de lutas. Meu legado é o da cura. Serei o guardião de Cancer.

O cosmo de Atena agradece, e Denis é transportado para outra parte do Santuário. Muitos ali estavam, e uma energia dourada enche o local.

— Seja bem vindo Denis de Cancer. Sauda Teon de Serpentário.

ANRYU COM SUA OBSERVAÇÃO AGUÇADA SUPERA LYTAH DE LIMNADES. MAIS ADIANTE NO FLUXO DO TEMPO CANCER SEU GUARDIÃO É RECRUTADO. A GUERRA SANTA CONTINUA NO PRESENTE, E SEUS PERSONAGENS GARANTEM NO FUTURO O CRESCIMENTO DA ORDEM DE SERPENTÁRIO.

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